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Enchentes no Rio Grande do Sul podem afetar preços de alimentos

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enchentes no rio grande do sul podem afetar precos de alimentos As recentes chuvas intensas no Rio Grande do Sul estão provocando preocupações sobre possíveis aumentos nos preços de alimentos básicos, como arroz e carnes. Este Estado, conhecido por sua ampla produção agrícola, enfrenta agora problemas tanto na colheita quanto no transporte de seus produtos. De acordo com o coordenador dos índices de preços da Fundação Getulio Vargas, André Braz, a situação exige atenção. Ele afirma que o estado atual do clima pode prejudicar não só a produção, mas também o transporte desses itens essenciais. “Os produtos do campo, como o arroz e a soja, são fundamentais para a alimentação do gado, o que poderia refletir no aumento dos preços das carnes“, explica.

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Andrea Angelo, estrategista de inflação da Warren, também comentou sobre os problemas logísticos causados pelas chuvas. Ela aponta que, apesar de uma grande parte da safra de arroz já estar colhida, a dificuldade de escoamento é um problema grave. “Estamos vendo uma desaceleração nos preços, mas a logística comprometida pode reverter essa tendência“, observa Angelo.

Em Harmonia, no Vale do Rio Caí (RS), várias fazendas estão sem eletricidade e já há escassez de água potável
Em Harmonia (RS), as plantações de milho e as criações de aves e suínos sofreram severos danos, incluindo alagamentos e morte de animais (Foto: Antonio Kunzler/Secom).
Os impactos dessas interrupções são visíveis nas previsões de inflação. Economistas projetam que a mediana da Pesquisa Focus para alimentação no domicílio poderá aumentar de 4,30% para cerca de 5,00%. “Ainda precisamos verificar esses dados nos próximos levantamentos de preço“, acrescenta Angelo. Luis Otavio Leal, economista-chefe da G5 Partners, sugere que o aumento nos preços no atacado para o arroz pode ser de 5% a 6% já no próximo mês. “Tudo depende dos estoques disponíveis, mas o impacto no Índice de Preços ao Consumidor Amplo poderia ser de até 0,02 ponto percentual“, calcula Leal. A situação é ainda mais complicada nos setores de carne. Dez frigoríficos no Rio Grande do Sul suspenderam suas atividades devido às inundações, afetando a produção de aves e suínos em vários municípios. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou a gravidade da situação e o impacto nas cadeias produtivas. Valdecir Luis Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), explica que, além das perdas diretas, há um grande problema logístico com a destruição de infraestruturas essenciais como pontes e estradas. “A recuperação dessas estruturas vai levar tempo e isso certamente vai impactar na nossa capacidade de produção e distribuição“, afirma Folador. Em resposta à crise, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ressaltaram os esforços dos servidores em adaptar suas operações para minimizar os impactos das chuvas. Os auditores fiscais federais agropecuários, por exemplo, suspenderam uma mobilização planejada para concentrar esforços no atendimento das necessidades imediatas do setor.

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